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Quando o esporte muda vidas

  • revistanovaversao
  • 3 de ago.
  • 3 min de leitura
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Em meio a tantas preocupações do dia a dia, há um tema que muitas vezes passa despercebido, mas que pode transformar o futuro de uma criança: o esporte. Muito além das quadras, campos ou tatames, o esporte ensina valores, desenvolve habilidades, promove saúde física e mental, e — mais do que tudo — salva.

Num país onde tantas crianças crescem em situações de vulnerabilidade social, o acesso ao esporte pode ser o ponto de virada. Pode ser onde ela aprende sobre disciplina, respeito, trabalho em equipe e autoconfiança. Onde encontra acolhimento, escuta, direção. E é por isso que pais, educadores e a sociedade como um todo deveriam enxergar o esporte como um investimento essencial no desenvolvimento das futuras gerações.


Do outro lado dessa transformação, existem pessoas que acreditam no poder do esporte e decidiram agir. Como Rodrigo Guaitulini, contador de formação e fundador do projeto Quisacada, que leva tênis — um esporte tradicionalmente elitizado — a jovens da rede pública de ensino. E como Lucas Gomes, judoca que viu sua vida se transformar graças a um projeto social e hoje, além de competir, também ensina e forma novos atletas.


Ambos entenderam que o esporte salva. E mais: que ele precisa ser acessível a todos.

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O tênis como ferramenta de inclusão


Rodrigo Guaitulini sempre foi apaixonado por esportes. Inspirado por uma tradição familiar de projetos sociais, ele abraçou a missão de oferecer algo diferente: acesso ao tênis, um esporte de alto custo, para crianças que jamais poderiam pagar por aulas.


Com o projeto Quisacada, que começou em janeiro de 2023, Rodrigo e o técnico Éder Barbosa (integrante da seleção brasileira de tênis) oferecem aulas gratuitas para mais de 30 crianças, selecionadas em escolas públicas com apoio de diretores e professores. E os resultados já aparecem: ganhos motores, melhora no comportamento e relatos emocionados de pais e educadores — incluindo a inclusão de crianças autistas que encontraram no esporte um espaço seguro e acolhedor.

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Do tatame para a vida

Lucas Gomes conheceu o judô aos 7 anos, em um projeto social da prefeitura. Mal sabia ele que aquela decisão da mãe mudaria tudo. De aluno em vulnerabilidade a professor e atleta formado em Educação Física, Lucas passou a viver e respirar o esporte que o formou como pessoa. “Sou muito grato ao judô. Ele me ensinou sobre disciplina, empatia e resiliência. Hoje, posso devolver isso às crianças que estão no mesmo lugar que eu estive um dia”, diz ele, que já foi até professor de dança — uma curiosa reviravolta para quem veio da luta.


Entre treinos intensos, aulas e competições, Lucas defende que o processo é mais importante que o pódio. Porque o verdadeiro ouro é aquilo que se aprende no caminho.


Uma causa que merece mais apoio


Histórias como a do Rodrigo e do Lucas mostram que o esporte não é luxo. É necessidade. É caminho de dignidade. É ferramenta de inclusão, saúde e futuro. E cada projeto social que nasce e resiste precisa ser visto, reconhecido e apoiado.


Que mais crianças tenham a oportunidade de aprender, crescer e se descobrir por meio do esporte. E que mais pessoas estejam dispostas a estender a mão para que isso aconteça.

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Quando o esporte transforma — e continua transformando


Para Álvaro Girotto, o esporte não é apenas uma paixão — é uma forma de viver. Formado em Educação Física e com uma trajetória que passa pela dança de salão, corrida de rua, treinamento funcional e hoje pela atuação pública na Secretaria de Esportes de São José do Rio Preto, Álvaro é um exemplo claro de como o esporte pode guiar, transformar e abrir caminhos. “Eu não me vejo sem o esporte. Ele me ensinou disciplina, rotina, superação. E hoje, através dele, posso contribuir com políticas públicas e projetos que realmente mudam a vida das pessoas”, diz ele. Apaixonado pela corrida desde 2016 e com quase duas décadas de atuação como professor de dança, Álvaro foi convidado este ano para coordenar atividades esportivas para adultos e melhor idade. Um de seus feitos recentes foi viabilizar a instalação de piscinas de biribol no Centro Esportivo Natalone, através de uma parceria público-privada.


Sua história mostra que, mesmo diante dos desafios do cenário esportivo no Brasil, é possível fazer acontecer. Com amor, persistência e ação, o esporte continua sendo uma das maiores ferramentas de transformação social.



 
 
 

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