Urbanizadora de alto padrão no interior paulista inova com cultivo de árvores de grande porte e plantas do cerrado
- revistanovaversao
- 7 de ago.
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Newe Urbanismo Integrativo investe em viveiro e jardim com 8 mil mudas. Iniciativa visa entregar paisagismo já adulto, inédito no Brasil. Primeiro empreendimento será lançado em breve, em São José do Rio Preto

Enquanto o mercado imobiliário segue a receita de construir primeiro e plantar depois, a Newe Urbanismo Integrativo, urbanizadora voltada para o segmento de altíssimo padrão, decidiu fazer o oposto e começar pelas raízes. Literalmente.
Para seu primeiro lançamento, a marca vem há quase dois anos cultivando as árvores e plantas que serão plantadas no condomínio. A iniciativa, inédita no Brasil, carrega uma mensagem clara: a natureza será protagonista do projeto.
“O nosso time de desenvolvimento buscou as melhores soluções aplicadas no mundo para uma concepção verdadeiramente excepcional. E um dos pilares é o paisagismo, concebido de forma a ser uma verdadeira comunhão com a natureza. Todo o desenvolvimento da concepção parte do princípio de integrar verdadeiramente o verde no cotidiano dos moradores”, explica Carlos Petrin, diretor comercial da Newe.
A receptividade do mercado a essa visão e a outros diferenciais da marca tem sido positiva. Antes mesmo do lançamento oficial, sem fazer qualquer “barulho”, o condomínio - que será construído em São José do Rio Preto - SP, na região da Represa Municipal, e se chamará Newe Atma - já está com praticamente todos os seus 179 lotes comercializados.

Entre mognos e jacarandás
O coração do projeto está no viveiro arbóreo de cerca de 7 mil m², onde 1.513 mudas de árvores nativas paulistas crescem em bags especiais. Entre as espécies nobres estão mogno - madeira de crescimento lento e grande valor paisagístico -, cedro - conhecido por sua longevidade e beleza -, jacarandá - ícone brasileiro famoso pela florada exuberante - e aroeira, árvore resistente e de grande importância ecológica para a região.
O processo começou em dezembro de 2024, quando carretas trouxeram as mudas para São José do Rio Preto. Cada árvore passou por aclimatação cuidadosa e recebe a técnica de poda aérea para que seu crescimento seja mais rápido após transplante definitivo. O objetivo é que essas árvores cheguem aos primeiros moradores com 4 a 6 metros de altura - oferecendo sombra imediata onde normalmente haveria apenas mudas recém-plantadas.
O viveiro conta ainda com sistema automatizado de irrigação e adubação controlada, que tem o acompanhamento técnico constante.
Jardim do cerrado a céu aberto
Complementando o viveiro arbóreo, a Newe desenvolveu um jardim experimental, de 3 mil m², que funciona como um “laboratório vivo”, com 6.882 mudas de 48 espécies nativas do cerrado, adquiridas do viveiro Aldama, de Brasília. Instalado desde dezembro de 2023, o espaço permite testar a adaptação das plantas nas diferentes estações climáticas da região.
“A ideia com a escolha das espécies do cerrado é criar um jardim que minimize ou até elimine completamente o uso de irrigação. São plantas que evoluíram naturalmente para nosso clima e mantêm sua beleza única, mesmo durante os períodos mais secos”, explica Carlos Petrin. As espécies incluem capins e ervas que seguem os ciclos naturais de dormência e brotação, criando paisagens que se transformam naturalmente com as estações.
As espécies testadas e aprovadas no jardim formarão tapetes naturais de baixíssima manutenção no empreendimento, substituindo os gramados convencionais por vegetação nativa adaptada. “O jardim é um laboratório a céu aberto que nos ensina quais plantas realmente funcionam aqui, garantindo que o nosso paisagismo seja não apenas bonito, mas resiliente”, afirma o diretor.
O projeto paisagístico é assinado pela arquiteta Paula Farage, da Quinta Arquitetura, e integra as mudas cultivadas no viveiro e no jardim da Newe a hortas, pomares e jardins de chuva. O objetivo é criar um ecossistema funcional, onde o controle biológico das pragas substitua a necessidade de pesticida, por exemplo, e a biodiversidade seja capaz de atrair de volta a fauna nativa.
Sócia-fundadora do escritório Quinta, Paula possui mais de 20 anos de experiência em projetos paisagísticos de grande escala e acumula importantes premiações nacionais. Como destaque, liderou a equipe vencedora do Concurso Nacional para o projeto do Parque das Aves, em Brasília-DF, e conquistou o 1º lugar no Concurso para o Masterplan da Orla do Lago Paranoá, também na capital federal. Formada pela Universidade de Brasília (UnB), Paula acredita na força do trabalho interdisciplinar e alia domínio da escala urbana com profundo conhecimento botânico, criando jardins naturalistas biodiversos que respeitam o bioma local e demandam menos recursos para manutenção.
Para o Newe Atma, Paula traz sua filosofia de jardins adaptados ao local para criar um verdadeiro refúgio. “Partindo do generoso traçado urbano proposto pelo Estúdio 41, que oferece grandes extensões de áreas verdes, o cuidadoso trabalho de arborização e os desenhos dos jardins de chuva proporcionarão ambientes não só atraentes ao olhar, mas convidativos à contemplação, fruição e permanência – espaços que conversam com o tempo e respeitam os ciclos naturais”, explica a paisagista.
“Num mundo movido pela pressa, propomos uma nova relação com o tempo. Essas árvores que cultivamos hoje serão testemunhas das primeiras conversas, dos primeiros passos das crianças, das primeiras memórias familiares. Espaços contemplativos e de comunhão com a natureza”, reflete Carlos Petrin.
Empresa inova com urbanismo integrativo
A Newe surge como evolução de um legado de 40 anos em desenvolvimento urbano, e que busca a evolução do morar. A empresa propõe o conceito também inédito de urbanismo integrativo - filosofia que integra beleza e funcionalidade, tecnologia e natureza, colocando as pessoas no centro da experiência.
O primeiro lançamento, Newe Atma, conquistou a certificação FITWEL Community com a melhor pontuação já registrada no Brasil. Desenvolvida pelo Centers for Disease Control (CDC) dos EUA, a FITWEL avalia cientificamente como os espaços construídos impactam na saúde física, mental e social.
O empreendimento terá apenas 179 lotes e infraestrutura que inclui ruas privativas com padrão europeu e 100% de piso intertravado - que garantem maior permeabilidade e conforto térmico - cabeamento de energia subterrâneo, jardins de chuva para drenagem natural e segurança com tecnologia israelense avançada, entre outros diferenciais. “Cada detalhe foi pensado para que a infraestrutura seja invisível aos olhos, mas presente na qualidade de vida, buscando uma estética exuberante através da arquitetura em comunhão com a natureza”, destaca Carlos Petrin.


