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Instituto Maria na Comunidade

Projeto tem como objetivo dar acolhimento a mulheres vítimas de violência doméstica


Numa sociedade que busca constantemente evoluir, é imperativo enfrentarmos de frente uma realidade perturbadora e persistente: a violência contra as mulheres. Ao desvelarmos as camadas desse problema, podemos iniciar uma conversa necessária para promover a conscientização, a mudança de atitudes e, acima de tudo, dar voz à luta contra a violência feminina.


Falar sobre violência feminina é crucial para aumentar a conscientização, promover a igualdade de gênero e contribuir para a erradicação desse problema. A discussão cria espaço para identificar, prevenir e apoiar vítimas, enquanto desafia normas culturais prejudiciais, promovendo uma sociedade mais justa e segura para as mulheres.


Uma pesquisa revelou que 74% das brasileiras perceberam um aumento da violência doméstica e familiar em 2023. O estudo ainda aponta outro cenário devastador: das entrevistadas que sofreram algum tipo de violência a maioria foi violada de forma física, psicológica e/ou moral. Os dados feitos pela 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, divulgada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, mostram que a percepção de aumento da violência contra a mulher foi mais acentuada na região Centro-Oeste (79%), seguida pela região Nordeste (78%), depois Norte (74%), Sudeste (72%) e em último lugar a região Sul (66%).


Além dos altos números da violência contra a mulher pelo país, outros dados também são bem alarmantes: o número de vítimas que não denunciam seus agressores, seja por medo ou pelo sentimento de injustiça. Segundo a pesquisa, a maior parte das brasileiras entrevistadas (62%) acredita que as mulheres denunciam cada vez menos para as autoridades devido à sensação de impunidade. 73% das brasileiras, por ter medo do agressor.


A falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão na maior parte dos casos.Para auxiliar as mulheres nesses momentos tão difíceis e orientá-las quanto à denúncia e ajudar essas vítimas tanto de agressão física quanto financeira, moral ou psicológica, em 2022 foi criado o Instituto Maria na Comunidade. Um projeto coordenado por Lana Braga, educadora social no enfrentamento à violência Doméstica. “No Instituto acolhemos e oferecemos atendimento psicológico e jurídico às mulheres vítimas de violência. Hoje somos mais de 20 voluntárias incluindo advogadas, psicólogas, nutricionista e voluntárias. Por meio do instituto promovemos palestras em escolas, empresas e outros grupos para conscientizar as pessoas sobre a importância do assunto”. 


Outro aspecto de relevância é a oferta de cursos pelo Instituto, visando à capacitação profissional da mulher. Ao alcançar um senso de segurança, ela conquista autonomia, deixando de depender de terceiros para suas necessidades.Ainda, de acordo com Lana Braga, somente em 2023, por meio do Maria na Comunidade, mais de 300 mulheres foram assistidas e mais de 2.000 mulheres e meninas impactadas com palestras de conscientização. “O Instituto também foi reconhecido no ano passado como de utilidade pública da cidade de São José do Rio Preto. Além disso, firmamos parceria com o Grupo All Suco onde foi adicionado ao rótulo um QR Code direcionando a mulher ao 180, principal canal de denúncia de violência doméstica. 


Ao encerrar estas reflexões, é importante lembrarmos que a erradicação da violência feminina exige não apenas palavras, mas ação coletiva. Unamo-nos na busca por um futuro onde todas as mulheres vivam sem medo, com dignidade e igualdade. Juntos, podemos moldar uma sociedade que valoriza e protege cada vida, independentemente do gênero, encerrando assim este capítulo sombrio da nossa história.



A coordenadora do projeto, Lana Braga.


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