"Ganho bem… mas cadê meu dinheiro?"

Você já se pegou pensando: "Eu ganho até bem, mas não sobra nada no fim do mês"?
Se essa frase vive ecoando na sua cabeça, saiba que você não está sozinho. Essa é uma das maiores queixas que escuto nas minhas mentorias. E o problema nem sempre é o salário — muitas vezes, é a falta de direção.

Há pessoas ganhando R$ 5 mil, R$ 10 mil ou até mais e mesmo assim vivendo no vermelho, sem reserva, pulando fatura de cartão ou dependendo do limite como extensão da renda. É o que eu costumo chamar de “desorganização financeira de alta renda” — quando o salário é bom, mas os hábitos são desajustados.

Isso não é sobre ser “gastador”. É sobre viver no automático, sem estratégia, e com aquela sensação constante de que se eu ganho bem, por que não posso aproveitar?

O problema é que essa lógica do “eu mereço” aplicada todos os dias acaba virando um ciclo de compensações emocionais, escolhas por impulso e zero planejamento.
E quando a conta chega — seja uma emergência, uma demissão ou um sonho que exige dinheiro — vem a frustração.

A boa notícia? Dá pra virar esse jogo sem abrir mão da qualidade de vida. E sem planilhas assustadoras.

Aqui vão 5 passos simples pra mudar essa realidade:

Saia do piloto automático

A base da organização financeira é a consciência. Antes de cortar qualquer gasto, observe. Anote por 7 dias tudo o que gasta. Você vai se surpreender com onde o dinheiro está indo.

Descubra seu “ralo invisível”

Aquele gasto silencioso, frequente, que sozinho parece pequeno, mas no mês leva uma fortuna. Cafézinhos, apps de entrega, compras “só porque tava na promoção”. Identificou? Hora de agir.

Reflita antes de comprar

Troque o impulso pela intenção. Antes de uma compra, pergunte-se: "Isso me aproxima ou me afasta da vida que quero construir?" Essa pergunta simples pode evitar grandes arrependimentos.

Pague-se primeiro

Guardar dinheiro não é o que sobra. É o que vem primeiro. Coloque uma quantia, por menor que seja, como prioridade assim que o dinheiro cair. Constância vale mais do que valor alto.

Dê um propósito ao seu dinheiro

Quando seu dinheiro tem nome — como “minha reserva de segurança”, “a viagem dos sonhos”, “meu primeiro investimento” — guardar deixa de ser sacrifício e vira conquista.

Reflexão da Dani:

A verdadeira liberdade financeira não está em gastar tudo o que se ganha, mas em ter escolhas. E escolhas exigem planejamento.

Convite ao recomeço:

Se você se identificou com essa realidade, não se culpe. Mas também não ignore. Comece com pequenos passos. O importante é sair da estagnação. Seu futuro vai te agradecer.