
Durante muito tempo, especialmente no século XX, a ciência focou no quociente de inteligência (QI), também chamado de inteligência intelectual ou racional. Esse tipo de inteligência é usado para resolver problemas lógicos e importantes. Diversos testes foram desenvolvidos para medir o QI, tornando-se ferramentas para classificar a inteligência e indicar habilidades e talentos. Quanto maior o QI, maior a inteligência atribuída a uma pessoa.
No final do século XX, entre as décadas de 1980 e 1990, surgiu um novo foco: o quociente emocional (QE), introduzido pelo psicólogo Daniel Goleman. A inteligência emocional é a capacidade de perceber e gerenciar nossos próprios sentimentos e os das pessoas ao nosso redor. Ela mede empatia, compaixão e nossa reação a estímulos externos. De acordo com especialistas, a inteligência emocional é fundamental para o uso eficaz da inteligência racional.
Mais recentemente, estudos científicos identificaram outro tipo de inteligência: o quociente espiritual (QS), ou inteligência espiritual. Essa inteligência aborda questões relacionadas ao sentido da vida e nossos valores, ajudando-nos a responder perguntas, como o porquê estamos aqui, quais são nossas motivações e o que nos impulsiona.
A inteligência espiritual é vista como um elo essencial entre a inteligência racional e emocional. Howard Gardner, ao teorizar sobre as inteligências múltiplas, destacou que essas variações do quociente intelectual, emocional e espiritual são fundamentais para um ser humano completo. A inteligência espiritual nos impulsiona a fazer perguntas fundamentais, como o significado da vida e o motivo pelo qual continuamos lutando, mesmo diante de dificuldades.
Essa busca por sentido e valor é uma necessidade humana básica. Ela se manifesta em vários aspectos da vida, como família, comunidade, hobbies, profissões e convicções religiosas. A inteligência espiritual, embora possa se expressar através da religiosidade, não está diretamente ligada à religião. Henri Bergson resumiu bem essa busca contínua ao dizer: "Mudar é amadurecer; amadurecer é continuar criando a si mesmo infinitamente."
A filosofia japonesa Ikigai, que significa “razão de viver”, exemplifica bem a inteligência espiritual. Os japoneses utilizam o Ikigai para encontrar aquilo que mais gostam de fazer, o que faz bem e que traz benefícios, não apenas financeiros, mas também para a sociedade. O propósito de vida está intimamente ligado a essa busca de sentido.
Para muitas pessoas, descobrir seu propósito pode ser desafiador devido a crenças, medos e valores que criam barreiras. Nesse contexto, um mentor pode ser crucial. Ele ajuda a eliminar crenças limitantes e a ressignificar memórias, facilitando a descoberta do verdadeiro propósito e missão de vida. A felicidade, muitas vezes, não está no resultado das ações, mas na jornada. Alinhar-se com sua missão e propósito é essencial para encontrar essa felicidade.
No ambiente corporativo, a inteligência espiritual também é vital. Empresas que adotam uma missão clara e buscam o bem-estar coletivo tendem a ter sucesso, pois todos trabalham em prol de um objetivo comum. Isso cria um ambiente onde todos ganham, desde os donos até os colaboradores.
Portanto, a inteligência espiritual é cada vez mais essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional. Ela nos ajuda a superar obstáculos, manter o equilíbrio emocional e nos relacionar melhor. Ao aplicá-la no dia a dia, podemos encontrar sentido e motivação em tudo o que fazemos, tornando-nos seres humanos mais completos e plenos.
Jorge Rincon
Mentoria e Treinamento para empresários
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