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IA e ESG: o casamento improvável
que pode salvar o planeta
(ou pelo menos tentar)

No universo corporativo, três letras vêm ganhando cada vez mais espaço: ESG. Ambiental, Social e Governança não são apenas palavras bonitas para enfeitar slides de PowerPoint — são compromissos reais, que cobram das empresas uma postura ética diante do planeta, das pessoas e dos processos. E adivinhe quem está pedindo um lugar nessa roda? Ela mesma: a Inteligência Artificial.

 

Se bem conduzida — e aqui vai o spoiler: essa é a parte mais difícil — a IA pode ser uma aliada poderosa na jornada ESG. Começando pelo “E”, de meio ambiente. Com algoritmos capazes de analisar milhões de dados em tempo real, empresas estão otimizando processos, reduzindo desperdícios e consumindo menos recursos naturais. Cadeias produtivas mais eficientes significam menos matéria-prima extraída, menos transporte desnecessário e, consequentemente, menos CO₂ jogado na conta do planeta.

 

No “S”, de social, a IA pode — veja bem, pode — melhorar a vida de quem está no batente. Sistemas inteligentes estão sendo usados para eliminar tarefas repetitivas e exaustivas, daquelas que transformam pessoas em autômatos. O resultado? Funcionários menos sobrecarregados, mais engajados e, quem diria, com a saúde mental em dia. Inclusive, alinhados à nova NR-1, que reforça a importância da gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Sim, até a legislação já entendeu que burnout não é frescura.

 

Agora, claro, nem tudo são flores: o uso intensivo de IA traz um dilema energético de respeito. Os modelos mais potentes consomem energia como se não houvesse amanhã — literalmente. O já desafiador quebra-cabeça da matriz energética mundial ganhou mais uma peça difícil de encaixar. A ironia? A própria IA pode ajudar a resolver isso: prevendo padrões de consumo, otimizando redes elétricas e auxiliando na transição para fontes renováveis.

 

No fim das contas, a IA é uma ferramenta. Como um martelo, pode construir uma casa ou destruir uma parede. Tudo depende de quem segura. No contexto empresarial, se aplicada com responsabilidade, a inteligência artificial tem potencial para transformar boas intenções ESG em práticas concretas e com impacto real.

 

Só não vale terceirizar a consciência ética para os algoritmos. Porque, convenhamos: até a IA precisa de um bom ser humano por trás dos prompts.

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