Nova geração 60+: o envelhecer sob uma nova perspectiva
- revistanovaversao
- 3 de mai.
- 2 min de leitura

Envelhecer já não é mais sinônimo de pausa ou limitação. Com o avanço da medicina, o acesso à informação e um novo olhar da sociedade, estamos diante de uma geração de idosos que busca viver com mais autonomia, saúde e plenitude. Para dar início ao nosso especial sobre a terceira idade, conversamos com a Dra. Ana Carolina Garcia Garcia, médica geriatra, que compartilhou sua visão sobre os desafios, conquistas e caminhos para um envelhecimento ativo e com qualidade de vida.
Um novo paradigma sobre o envelhecer
Segundo a Dra. Ana Carolina, houve uma verdadeira mudança de mentalidade: “O aumento da expectativa de vida trouxe também o desejo de viver esse tempo com mais qualidade, saúde e autonomia.” Essa nova geração de idosos quer mais – quer viver, experimentar, aprender, se relacionar e se manter conectada.
Desafios da longevidade no Brasil
Apesar da evolução, ainda enfrentamos entraves importantes. Um dos maiores desafios, destaca a médica, é o planejamento financeiro para essa fase. “Somos uma avalanche de idosos em uma sociedade que ainda não está preparada para absorver suas necessidades”, diz. A falta de estrutura familiar ampliada e os custos com saúde demandam atenção urgente.
Avanços e prevenção: os grandes aliados da saúde
A boa notícia é que a disseminação de informações e o incentivo à medicina preventiva estão transformando essa realidade. Alimentação saudável, exercícios, mente ativa e vida social são os pilares que sustentam o envelhecimento com autonomia. “Diagnósticos precoces hoje são apenas obstáculos no caminho, não mais sentenças”, afirma.
O papel do profissional de saúde e o idoso protagonista
A médica reforça que o profissional da saúde também precisa se reinventar. “Hoje o idoso quer namorar, viajar, usar tecnologia, e os profissionais precisam acompanhá-los nesse movimento.” A idade funcional já se sobrepõe à cronológica, e o foco deve ser em possibilidades, e não em limitações.
Saúde mental: olhar com sensibilidade
Questões como depressão e solidão precisam ser enfrentadas com acolhimento e atenção. “Perdas fazem parte dessa fase, mas não significam isolamento. Precisamos estimular atividades em grupo e manter a conexão com o mundo”, ressalta.
O melhor ainda pode estar por vir
Para quem está chegando à terceira idade – ou cuida de alguém que já chegou –, a Dra. Ana deixa um recado otimista e real: “É o começo de uma fase completamente nova e que pode ser maravilhosa. Ter maturidade para escolher prioridades é um presente. Viva agora, porque o ‘depois’ chega rápido demais.”

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