Liberdade ou prisão invisível? A mulher moderna e a saúde mental
- revistanovaversao
- 13 de jun.
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A Dra. Isabela Nardoni, médica especialista em saúde mental e gestão emocional, atua ao lado de seu marido, o Dr. Rafael Batista, que complementa essa jornada com uma abordagem biopsicossocial-almática, voltada a eliminar problemas emocionais, mentais e comportamentais — tudo isso sem focar no uso de medicações, como a tradicional psiquiatria.
Com ampla experiência, ambos têm recebido um número crescente de mulheres que verbalizam a mesma angústia: “Eu não aguento mais”. Essa frase, repetida com diferentes entonações e histórias, é o reflexo de uma sobrecarga silenciosa, que esgota não apenas o corpo, mas principalmente a mente.
Segundo a Dra. Isabela, a mulher moderna passou a acumular funções em todos os campos da vida: profissional, mãe, esposa, estudante, gestora da casa e, ainda assim, cobra de si mesma uma performance perfeita. Esse excesso de funções tem gerado um verdadeiro colapso mental e emocional. “A mulher está sobrecarregada. No casamento, na maternidade, no trabalho, nas relações. E essa sobrecarga tem gerado resultados catastróficos como divórcios, distanciamentos afetivos, solidão e, infelizmente, um aumento alarmante de transtornos mentais”, afirma a médica.
Ela cita como exemplo um dado chocante: o aumento dos índices de suicídio entre médicas. Profissionais altamente capacitadas, mulheres que estudaram por mais de 20 anos para conquistar sua carreira, mas que, ao chegarem lá, se deparam com um vazio existencial. Muitas não conseguiram construir uma vida afetiva satisfatória, adiaram ou abriram mão da maternidade, e vivem em um conflito interno entre aquilo que conquistaram e o que verdadeiramente seria a felicidade.
A Dra. Isabela destaca que esse modelo de empoderamento vendido à mulher — que a convida a ocupar todos os papeis, inclusive os que historicamente eram exercidos pelos homens — se tornou, na prática, uma nova forma de aprisionamento. “A mulher conquistou sua liberdade profissional, amorosa e financeira, mas aprisionou sua mente em um padrão que a impede de ser quem ela é, de ocupar com leveza o seu papel de mulher, esposa e mãe, se assim desejar.”
A grande tragédia da saúde mental feminina, segundo ela, está ligada à desconexão com a essência e à desconstrução da família. “Não se trata de competir com o homem ou de abrir mão da sua carreira. Trata-se de reencontrar seu lugar, honrando sua identidade feminina e equilibrando sua vida para não adoecer.”
Em seus atendimentos, a médica acolhe diariamente mulheres que estão no limite: cansadas, exaustas, sem saber como conciliar trabalho, estudo, casa, filhos e casamento. E a principal pergunta que ecoa entre elas é: “O que eu faço agora?”
A resposta, segundo a Dra. Isabela e o Dr. Rafael, está no resgate da saúde mental, emocional e na reconexão com a identidade da mulher. Um trabalho profundo, acolhedor e transformador — que busca não apenas aliviar sintomas, mas curar a raiz dos conflitos e devolver às mulheres a leveza de simplesmente serem quem são.
Dra. Isabela Nardoni - CRM 193999
Especialista em saúde mental
Dr. Rafael Batista Ferreira - CRM 194.027
Especialista em saúde mental | Biopsicossocial-Almático
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