Por Maya Carrasco - Consultora em Sustentabilidade e ESG

Já percebeu que algumas empresas parecem sempre estar no lugar certo, na hora certa – enquanto outras vivem mirando destinos cada vez mais distantes de alcançar?
Não é sorte, nem acaso. Existe um fator invisível que separa os negócios que prosperam daqueles que lutam para sobreviver.
Pense em um barco no meio do oceano. Sem leme, ele fica à mercê das ondas e ventos, indo para qualquer direção que o vento soprar – ou pior, ficando à deriva. No mundo dos negócios, isso acontece o tempo todo.
Muitas empresas, independentemente do tamanho, operam sem uma estratégia clara, apenas reagindo a crises e apagando incêndios constantemente. Mas a realidade do mercado é dura: ele não perdoa a falta de direção.
O que as empresas bem-sucedidas fazem diferente? Elas não apenas reagem ao mercado – elas o entendem, antecipam mudanças, evitam crises e criam oportunidades.
Isso não acontece por acaso. Empresas resilientes seguem princípios estratégicos que garantem previsibilidade diante dos desafios. E a sustentabilidade – ambiental, social e econômica – é o elo que conecta inovação, longevidade e crescimento sustentável. Essas empresas entendem que competitividade não se constrói apenas com um bom produto ou serviço, mas com uma visão bem definida de curto, médio e longo prazo, protegendo o negócio de riscos ocultos e posicionando a marca para crescer de forma sólida em um mundo cada vez mais volátil (ou até mesmo gasoso, como diria Karnal).
O curioso é que, ao contrário do que muitos pensam, esses princípios não são exclusividade das grandes corporações. Pequenas e médias empresas também podem aplicá-los e conquistar vantagens competitivas que as diferenciem no mercado, levando-as a navegar no desejado “oceano azul” de Kim e Mauborgne. Mas, para isso, é preciso primeiro conhecer essas estratégias, entendê-las e acreditar no impacto direto que elas têm no futuro do negócio.
Enquanto algumas empresas deixam o mercado ditar seu destino, esperando a onda da sustentabilidade passar (spoiler: ela não passa há 38 anos e não vai passar), outras percebem que sustentabilidade não é “modinha”, nem discurso marketeiro ou um custo para a empresa – é uma estratégia de sobrevivência no mundo dos negócios. Mas atenção! Se você acha que sustentabilidade se limita a plantar árvores ou fazer doações no Natal, você entendeu errado.
No próximo artigo, vou te mostrar como empresas de todos os tamanhos estão transformando a sustentabilidade em uma vantagem competitiva real – e por que insistir no velho modelo pode ser o erro que afunda sua embarcação.
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