Deixar ir também é amor
- revistanovaversao
- 29 de jun.
- 2 min de leitura
Encerrar ciclos não é fracasso. É amor-próprio, é maturidade e é libertação

A vida fala com a gente o tempo todo. Nos pequenos desconfortos, nos sinais silenciosos, na sensação de que algo simplesmente não encaixa mais. E, ainda assim, quantas vezes ignoramos esses sinais? Quantas vezes insistimos em permanecer onde já não há mais espaço, tentando manter vivo aquilo que, na verdade, já cumpriu seu papel?
Permanecer onde não cabe mais também é uma escolha. Mas quase sempre, uma escolha que custa caro: custa saúde emocional, custa energia vital, custa alegria, custa paz.
A gente cresce ouvindo que persistência é uma virtude. E, de fato, é. Mas nem sempre. Persistir no que já não existe mais é autossabotagem disfarçada de coragem.
É preciso maturidade pra entender que nem todo ponto final é fracasso. Muitas vezes, é proteção. É amor-próprio. É cura.
Ciclos se encerram. E isso é natural
Na natureza, tudo se renova. O rio não guarda a água que já passou. A árvore não lamenta as folhas que caíram. O céu não impede o pôr do sol só porque era bonito demais pra acabar. A vida flui. E pede que a gente aprenda a fluir junto.
Quando seguramos o que já não faz sentido — seja um emprego, um relacionamento, uma amizade, um projeto, um padrão de comportamento — criamos uma prisão invisível. E sabe o que é mais cruel? A chave sempre esteve nas nossas mãos.
Deixar ir não é sobre perder. É sobre se libertar
É abrir espaço.
É permitir que o novo chegue.
É entender que tudo o que passou não foi em vão. Foi lição. Foi construção. Foi amadurecimento. Foi exatamente o que você precisava viver pra ser quem você é agora.
Por mais que doa, o que te trouxe até aqui não é, necessariamente, o que vai te levar pro próximo passo. E saber reconhecer isso é uma das formas mais poderosas de amor-próprio que existe.
Manter por perto o que já deveria ter partido é envenenar o presente. É deixar que a energia do passado sufoque as possibilidades do futuro. É carregar malas que não são mais suas — pesadas, desnecessárias e, muitas vezes, cheias de dores recicladas.
Quando você escolhe soltar, abre espaço pra:
• Novos encontros
• Novos conhecimentos
• Novas experiências
• Novas versões de você mesmo(a)
Nem tudo foi feito pra durar pra sempre. Mas tudo foi feito pra te ensinar algo.
A vida não erra. Tudo tem um porquê. E, muitas vezes, encerrar ciclos é, sim, doloroso — mas infinitamente necessário. Deixar ir também é agradecer. É honrar a história que foi, sem obrigar que ela continue onde não faz mais sentido.
Que você tenha coragem de escolher você. Que você tenha amor suficiente pra soltar o que não te faz mais crescer. Porque a vida recomeça todas as vezes que você permite.
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